sexta-feira, 18 de setembro de 2009

... metade de mim...

... Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo. ...

in "Metade"
de Oswaldo Montenegro

6 comentários:

Carolina disse...

Um curioso e elevado pensamento.
Gosto do que este homem diz. O que não seria o que ele cala???
;)

Jelicopedres disse...

[...]
Que não seja preciso
Mais do que uma simples alegria
Para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio
Me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço
[...]

(gostei Lami)^_^)

lami disse...

Somos feitos de metades...
Eu acho que dificilmente podemos assumir a totalidade de alguma coisa, de alguma ideia, pessoa ou sentimento, por isso me diz alguma coisa este escrito...

O céu da Céu disse...

Este pensamento deixou-me dividida.
O que penso mas não digo.
O que digo mas penso.
O que calo e penso.
E o que falo sem pensar...
Lami, não achas que estou a ficar meio filosófica e a outra metade "pirada"???As férias estragaram tudo...PASSOU BEM?(com vénia.)

ASAS disse...

Mas é assim Céuzinha!
As férias metade arranjam e a outra metade piram...
E nós metade funciona e a outra metade nem por isso...
Metade de nós é certinha e a outra metade meio louc...
Lá diz o ditado " de poeta e louco todos temos um pouco"

Sentidamente disse...

Conhecemos os outros pelo que reflectem ser e não pelo que realmente são. Esse reflexo pode ser mais ou menos fiel à realidade reflectida.
;)