domingo, 18 de janeiro de 2009

Poema do amigo aprendiz

Quero ser o teu amigo.

Nem demais e nem de menos.

Nem tão longe e nem tão perto.

Na medida mais precisa que eu puder.

Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida, 


Da maneira mais discreta que eu souber.

Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.

Sem forçar tua vontade.

Sem falar, quando for hora de calar. 


E sem calar, quando for hora de falar. 


Nem ausente, nem presente por demais. 


Simplesmente, calmamente, ser-te paz.

É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!

E por isso eu te suplico paciência. 


Vou encher este teu rosto de lembranças,

Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

Fernando Pessoa

6 comentários:

Carolina disse...

Não conhecia este do Pessoa (o homem da "Arca" inesgotável!
Bela imagem. São teus esses dois amigos?
;)

Anônimo disse...

Linda foto, e o poema lindo, um beijo.

lami disse...

Os meus amiguinhos são um cão e uma cadela, um preto e um amarelo mas gostei muito desta foto! Amigo é assim!

O céu da Céu disse...

Nos meus dias cinzentos, há momentos mais claros quando procuro as postagens das minhas amigas e dou de caras com estas COISAS bonitas...UM XI

Jelicopedres disse...

Scuba e Mioja, companheiros e amigos inseparáveis.
Têm uma casinha Nova!
Linda! Alcatifada, e tudo!!!

[...]«Simplesmente,calmamente, ser-te Paz»[...]

O "nosso" Fernando Pessoa, sabia do que falava e escrevia...
:)

Jelicopedres disse...

Laura, tens um prémio para levantares no meu blog: Jelicopedres.
Um beijinho
Teresinha