quinta-feira, 31 de maio de 2007

CRIANÇA !


Mistério do Homem
Princípio de vida

Um ser em botão!
Um corpo que cresce
Um espírito desperto,
Potencial embrião!
Criativo, enérgico
Calmo ou ponderado
Amanhã, quem serás tu?
Ser em evolução
Homem, Mulher?
Mistério da criação…
Serás um Deus menor
De um mundo só teu?
Alguém que subjuga,
Ou a quem adoram?
Há uma certeza,
Recebes um mundo
que tantos destróiem
a seu bel prazer,
e outros constróiem
Todos o modelam !
Para ti!
Este Mundo frio, duro,
Que te deixam, com um rasto
De ar envenenado e impuro,
Como algo sujo, negro e gasto!
A maior, a única urgência
É parar a louca dança
E que reste um mundo vivo,
A quem hoje é uma Criança!

terça-feira, 29 de maio de 2007

Senhora da Graça

Na 5ª feira dia 24 de Maio, caminhamos alegremente pelos campos e pelo pinhal até à Ermida da Senhora da Graça!


Belo passeio! Foram 5 Km para lá e outros 5 Km para cá!
Todas as quintas -feiras quem quiser caminhar connosco entre as 8 h e 30 m e as 10 h é só aparecer junto ao CAPAG à hora da partida!
Vão ver que não custa nada!!!



quarta-feira, 23 de maio de 2007

Caminhar...



Caminhada ao longo da Ribeira da Badoca, até à Lagoa.

Dia da Espiga - 17/5/2007


posted by Laura






















































domingo, 20 de maio de 2007

Os meus fieis amigos...


Sem relógio ou aparelho especial,
Sabes a hora certa,
És pontual.
Sem livro de etiqueta e cortesia,
Esperas paciente a refeição
e delicadamente tomas a dádiva da mão!

Como entendes o que faço e o que digo?
Se não tens mestres, nem escola?
Como sabes o lugar que te compete,
Se não te instrui o protocolo?

São muitos os momentos
Em que só tu acompanhas minha mente.
Com teus olhos meigos e atentos,
Ouves com respeito e com interesse
O desabafo de quem se acha inteligente!

Então quem me ensina a paciência,
Quem está sempre grato, sempre amigo?
Quem se dá sem eu pedir, quem me atura?
E me faz sentir tanto e tão pouco?

És tu, que não estudaste, não és gente,
Que é suposto não entenderes, nem pensares,
Quem mostra como é inteligente
Com amor e toda a dedicação
Sem seres gente, sem seres culto ou com status,
És o meu ponderado, dedicado e vivo CÃO!

terça-feira, 15 de maio de 2007

Dia da Espiga

Caminhar dá-nos alento,
Respiramos com vigor
E até o sol da manhã
Parece ter mais fulgor .
No meio da Natureza
Onde o ar é bem mais puro
Vamos todos ter prazer
Em vencer o caminho duro!
Vamos alegres andando,,
Por esses campos afora
Que os caminhantes, por certo
Não querem ter mais demora
Por ser o Dia da Espiga
Quinta-feira da Ascensão
Vamos colhê-la nos campos
Pela nossa própria mão!

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Caminhos para ti ...

Longo foi o caminho até aqui
Uma estrada com mil e um traçados
Ondulante, suave ou sinuosa
Abriu-se cada dia para ti

Com o fascínio que levaste a percorrê-la
Foram anos intensos, dedicados
Avançaste sempre no caminho
E os escolhos são tempos já passados

Sob um céu luminoso ou carregado
Seguiste a magia do tempo, sedutora
Primeiro quase adolescente
Depois jovem adulta e sonhadora

Partilhaste a certeza
De ser esse sem dúvida, o teu trilho
E ao virar de cada esquina
Sonhavas novos rumos com mais brilho

Foram imensos os passos, os desvios
Indómita a coragem e a vontade
Feita do tudo e nada que é a Vida,
Da margem que foi a tua liberdade

São novos os horizontes que se abrem
Outros os caminhos para ti
Vais em frente no teu passo decidido
Porque parar não é por aqui

Aproveita e usufrui a paisagem
O aroma e a música no ar
Pois o tempo agora é todo teu
E a Vida é um constante caminhar…
(homenagem à Celeste, pela sua aposentação)

domingo, 6 de maio de 2007

Poema à Mãe


No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.
Tudo porque já não sou

O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.
Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me?
-Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;
Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;
Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...
Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.
Boa noite.
Eu vou com as aves.

Eugénio de Andrade, Os Amantes sem Dinheiro

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Galo de Barcelos


Sou um galo muito ilustre
Mas todo rapioqueiro
Símbolo do meu país
Do alto do meu poleiro

As penas bem coloridas
Com os matizes mais belos
Uma crista bem vermelha
Sou o galo de Barcelos!
(homenagem à minha terra- Barcelos- e à Festa das Cruzes que decorre até 6 de Maio)